
Também a turma do 3ºC mostrou a sua criatividade respondendo ao desafio do dinamizador do ateliê «A maior Flor do Mundo», ocorrido a 27 de Outubro. Eis aqui a imagem e a nova história recém-enviadas para o blog do Ateliê.
A Maior Flor do Mundo
Cada dia que passa sinto-me mais feliz, porque descobri que sou a maior flor do mundo!
Passo os dias a mostrar-me a todos, a espalhar o meu perfume e a aquecer os corações das crianças com as minhas cores quentes. Também gosto de mostrar que consigo tocar o Sol e que sinto um calor imenso quando chego perto dele. Sou uma planta gigante e estou a gostar muito de o ser.
Não sei se todas as crianças do mundo gostariam de me conhecer e saber da minha história, acho que também tenho um pouco de criança, e às vezes não sei bem contar o que me aconteceu...
A vocês caros leitores, vou tentar contar-vos um pouco da minha história. Não estou autorizada a usar palavras difíceis, para perceberem melhor o que tenho para vos contar.
Como em todas as histórias, há um herói e um patife. Na minha história o herói é um menino, e o patife um lavrador.
Certo dia, um lavrador tirou-me da terra, tal como se tira um filho a uma mãe. Agarrou-me severamente e levou-me.
Por momentos, pensei estar a ter um pesadelo, pois passei de grande a pequena, de feliz a triste. Passei a viver num lugar apertado sem a luz do Sol e sem a água da chuva. Enterraram as minhas raízes num vaso pequeno e seco no meu da escuridão, na casa da Joana Maria e do Alfredo Manuel, o patife que um dia me tirou da terra.
Com o passar do tempo, com tanta tristeza que sentia, comecei a enfraquecer, a morrer lentamente e a deixar de sorrir para a vida.
Um belo dia, passou por mim um rapaz, que me olhou e perguntou porque estava eu tão tristonha. Respondi-lhe que um dia consegui encher os olhos de alegria daqueles olhavam para mim e que agora não passava de uma planta velha e acabada. O rapaz olhou para mim e sorriu, dizendo que não há flores velhas e acabadas, há apenas flores mal - tratadas.
Pegou em mim e levou-me para um bosque, junto de outras plantas e de onde eu conseguia avistar o Mundo das crianças, um mundo de fantasia. Puxou-me, arrancou-me daquele vaso e cuidadosamente colocou-me na terra, no meu lar de que tantas saudades eu já sentia.
De tanta satisfação, começou a chorar e com as suas lágrimas regou-me, e de repente parecia um milagre, comecei, novamente, a crescer, a crescer... Voltei a mostrar-me ao Mundo e a ser feliz.
Esta foi a história mais bonita que alguma vez contei, abri o meu coração para vocês. Espero que tenham aprendido como é bom sermos corajosos e gostar de ajudar os outros.
Texto colectivo da turma 3.º C, da EBI de Abrigada
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